A entidade pagará as viagens, as hospedagens e a alimentação dos jogadores nos jogos
Rio
de Janeiro, RJ, 04 (AFI) - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) resolveu
agir para evitar o esvaziamento da Série D do Campeonato Brasileiro. Depois de
uma série de equipes anunciarem que abriam mão da vaga na quarta divisão
nacional, a CBF mudou de postura e resolveu bancar todas os gastos dos clubes
com viagem, estadia e alimentação para os jogos.
"Muitos
clubes não disputavam, pois não tinham condições financeiras. A CBF vai pagar
todas as despesas relativas a uma delegação de 25 pessoas, com passagens
aéreas, hotel e alimentação, traslado do aeroporto até os hotéis e ônibus
especiais quando a distância entre as cidades for inferior a 700
quilômetros", afirmou nesta sexta-feira o presidente José Maria Marin.
Em
diversos Estados a vaga na Série D havia se tornado um problema. Em Goiás, por
exemplo, Crac e Aparicidense desistiram de disputar o torneio e os demais times
da primeira divisão estadual também não estavam dispostos a investir na
manutenção de um time para a competição. A expectativa é que a vaga fosse parar
com algum time da segunda divisão de Goiás.
Times
de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mercados onde há mais
investimento para o futebol, também já haviam comunicado oficialmente suas
desistências. Os finalistas de estaduais do Norte do País indicavam que
tomariam o mesmo caminho.
Agora,
Marin espera que a Série D cumpra sua função no calendário brasileiro. "O
Campeonato Brasileiro da Série D vai ter de verdade uma dimensão nacional. Além
de levar o esporte preferido do nosso povo aos lugares mais longínquos, dará a
oportunidade de se revelar jogadores que antes estavam impossibilitados de
serem observados pela imprensa e pelos profissionais das comissões técnicas dos
clubes dos grandes centros", comentou o presidente da CBF, lembrando a
garantia de que o torneio será televisionado.
Na
última assembleia da CBF, as federações pediram que a CBF acabasse com a Série
D e voltasse a inchar a terceira divisão. Nesta sexta-feira, Marin mostrou que
não pretende seguir o desejo dos estados. "O tamanho e a grandeza do
futebol brasileiro permitem perfeitamente que as quatro divisões tenham o mesmo
nível de qualidade na organização e atração para o torcedor. É nessa direção e
com esse intuito que a CBF vai trabalhar."
Por
Agência Estado
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